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Conheça os locais para você visitar em um mochilão na Amazônia

Já pensou em mochilar pela maior floresta tropical do planeta? Fazer um mochilão na Amazônia é garantia de uma experiência inesquecível. São dezenas de paisagens únicas, fauna e flora exuberantes e comunidades de uma riqueza cultural e antropológica incrível.

Com quase 8 mil km espalhados por nove países, a Floresta Amazônica oferece dezenas de possibilidades. Confira um roteiro perfeito pela parte brasileira.

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Manaus – AM

É um dos principais pontos de partida para quem deseja explorar a Amazônia. O povo é acolhedor e o clima é quente, muito quente: a temperatura chega a passar de 40°. Chove o ano inteiro, mas com maior intensidade entre janeiro e maio. Apesar da natureza preservada, Manaus tem uma boa estrutura para receber turistas.

A melhor maneira de chegar é de avião, pelo Aeroporto Internacional de Manaus. Há muitos hostels e pousadas na cidade, com diárias a partir de R$ 30,00. Os mais baratos ficam perto do Teatro Amazonas, de onde dá para explorar os principais pontos turísticos da cidade a pé.

Manaus é a base para conhecer o famoso encontro das águas dos rios Negro e Solimões e e visitar tribos indígenas da região.

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Não deixe de conhecer o Teatro Amazonas, o Palácio Rio Negro e o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia).

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Se sobrar tempo, vá até a praia de Ponta Negra para aliviar o calor. é possível ir até a cidade vizinha de Novo Airão para ver botos cor-de-rosa. Outra cidade próxima que vale a pena visitar é Presidente Figueiredo, com suas mais de 150 cachoeiras.

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Passeio Manaus – Santarém

De Manaus, siga de barco para Santarém. A viagem é cansativa e longa (30 horas!), mas vale muito a pena. É a melhor forma de fugir dos passeios pasteurizados “pra turista” – que graça tem conhecer a Amazônia a bordo de um cruzeiro de luxo??

Você pode alugar um camarote – custa uns R$ 600, e não espere nenhum luxo além de ar condicionado e banheiro privativo – ou dormir numa rede no deck, para uma experiência roots de verdade (cerca de R$ 150). Escolha o andar de cima pra fugir do barulho do motor.

São servidas refeições simples, pagas à parte (R$ 5 a R$10), mas quem quiser pode levar a própria comida. No mais, é curtir a paisagem deslumbrante e conhecer o animado povo amazonense.

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Santarém – PA

Mais uma excelente base para explorar a fauna e a flora amazônicas em passeios oferecidos por agências de turismo. Aqui também há um belíssimo e menos conhecido encontro de águas: entre o barrento Amazonas e o azul Tapajós. O passeio mais badalado é o Lago Maicá, um berçário natural de peixes amazônicos.

De lá, pegue o ônibus para Alter do Chão, que passa de hora em hora e custa cerca de R$ 3.

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Alter do Chão – PA

Às margens do Rio Tapajós, Alter do Chão é uma pequena vila conhecida como o “Caribe da Amazônia”. Segundo o jornal inglês The Guardian, suas praias são as mais lindas do Brasil. É mais conhecida pelos gringos do que pelos brasileiros. Cuidado para não pisar nas arraias, que são dóceis mas têm um ferrão venenoso. As pousadas são simples, e é possível conseguir uma diária por cerca de R$ 15 (para dormir na rede).

Para uma imersão completa na cultura viaje na segunda quinzena de setembro, época da Festa do Sairé, uma espécie de carnaval fora de época com foco nas lendas das tribos amazônicas da região.

Depois de alguns dias de descanso, siga de barco para Belém do Pará, em uma viagem de 3 dias pelo Rio Amazonas.

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Belém – PA

Belém é uma cidade apaixonante, com uma riqueza cultural incrível. Não deixe de conhecer o Mercado Ver-o-Peso, a maior feira livre da América Latina — durante o dia, sempre atento e com pouco dinheiro no bolso.

Os pratos típicos da região são um show à parte: pato com tucupi, suco de bacuri, maniçoba, açaí salgado, unha (uma coxinha recheada com carne de caranguejo, com a garrinha dele à mostra) e muitos outros.

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A 90km e acessível somente de barco ou de avião, a paradisíaca Ilha de Marajó também merece um espaço no seu roteiro. Na gigantesca ilha fluvial, a população de búfalos é maior que a de pessoas e a vegetação varia entre savana, selva e manguezais.

É possível fazer o caminho inverso, chegando por Belém e indo embora por Manaus, mas aí você terá que seguir contra a correnteza do Amazonas e as viagens de barco demorarão mais.

Também dá pra explorar a Amazônia pela Bolívia, Peru, Guiana ou Venezuela, mas isso é assunto para outro post!

O que levar?

Protetor solar, repelente, água, roupas leves, capa de chuva, medicamentos que você possa precisar e um cobertor para a noite no barco. Para passeios na mata, use calça comprida, tênis e camiseta de manga longa. Leve também dinheiro em espécie, pois muitos estabelecimentos não aceitam cartão.

Não esqueça de atualizar as vacinas contra malária, febre amarela e tétano antes de viajar.

Para saber mais entre no site:  http://portalamazonia.com/

 

Gaby Lopes

Sou poeta, escritora, revisora de texto, professora de português e devoradora de livros. comecei a escrever para olhar para dentro e me conhecer... Agora quero conhecer o mundo, contar histórias e viajar...