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Orçamento de viagem: Quanto levar para um mochilão na Colômbia

Ao se planejar para um mochilão na Colômbia, é fundamental se inteirar sobre a moeda e os valores de hospedagem, alimentação e transporte para não passar muito perrengue.

A Colômbia é um país riquíssimo culturalmente e possui paisagens naturais que vão te encantar e, para aproveitar bem tudo o que a Colômbia tem para oferecer, é bom se organizar para conhecer o máximo possível em seu mochilão.

Moeda

Pode ir se acostumando com os zeros em excesso, pois a moedinha menos valiosa na Colômbia já são 50 pesos colombianos, ou COP. R$ 1 vale mais ou menos COP 900, mas para a conversão ficar mais fácil, uma dica é cortar os zeros e elevar alguns centavos ou reais, dependendo da quantidade.

Por exemplo, algo que custe COP 2000 vai dar mais ou menos uns R$ 2,20. Já algo de COP 50.000, vai dar uns R$ 54.

Os valores vão variar muito dependendo da cidade em que você estiver, mas aqui vão algumas médias para você ir se familiarizando:

  • Garrafa de 500ml de água: COP 2.000
  • Coca-cola lata: COP 2.500
  • Cerveja lata: COP 3.500
  • Passagem de ônibus: entre COP 1.400 e COP 2.200
  • PF (corrientazo): entre COP 7.000 e COP 12.000
  • Arepa: entre COP 1.200 e COP 4.000

Hospedagem

Hostel é o que não falta na Colômbia, desde os mais organizados e limpos até aqueles bem furada. Muitos deles são de estrangeiros que, em viagem à Colômbia, se apaixonaram pelo país e resolveram abrir ali um negócio.

A diária pode ser muito em conta, desde que você reserve com antecedência e não seja alta temporada. Valores para a baixa temporada variam entre COP 18.000 e COP 35.000 por cama em quarto compartilhado.

San Andrés, a ilha caribenha super procurada pelos brazucas, é o lugar com a hospedagem mais cara entre as cidades mais turísticas. Os valores em baixa temporada vão girar ao redor dos COP 50.000.



Booking.com

 

Se você vai em esquema bem apertado de grana, existem lugares no litoral que aceitam hóspedes em suas redes, por valores entre COP 15.000 e COP 20.000. Há lugares que, se você leva sua própria rede, a diária sai por até COP 10.000! Mas a reserva de redes não é muito comum, por isso você corre o risco de chegar e não ter vagas, principalmente no final de semana.

Comida

Marcado Paloquemao, em Bogotá. Foto: reprodução. http://www.flavorsofbogota.com/to-the-market-palo-quemado/

 

Se o plano é comprar em supermercado e cozinhar, seu mochilão pode sair realmente muito em conta, principalmente nas cidades agraciadas pelo supermercado low cost D1. Em Bogotá, Medellín e em algumas cidades do Eje Cafetero, faça compras no D1 para cozinhar no hostel por pouquíssimos pesos.   

Outra dica para os mochileiros mestres cuca é ir nos mercados municipais, que normalmente são mais baratos para comprar frutas, vegetais, ovos e carnes. No litoral, peixes podem ser uma ótima pedida.

Na Colômbia você vai encontrar embalagens super pequenas, como uma mini garrafa de óleo ou um pacote de apenas um rolo de papel higiênico. Genial!

Comer fora também pode ser uma experiência bastante econômica, mas fuja dos lugares mais turísticos, como perto da Plaza Simón Bolívar, em Bogotá. A versão colombiana dos PFs são os corrientazos, que geralmente contam com sopa de entrada, arroz, feijão (ou lentilha, ou grão de bico), salada, carne e um suco. Nas regiões centrais, um corrientazo baratíssimo pode sair entre COP 7.000 e COP 12.000 e te dar energia por muitas horas.

Para os amantes da comida de rua, arepas devem entrar no cardápio. Um bolinho de farinha de milho feito na chapa e muitas vezes recheado pode custar entre COP 1.200 e COP 4.000. Salchipapas, uma versão turbinada das básicas batatas fritas, vem com salsicha frita, salada e molhos por cerca de COP 6.000. Há também uma versão gigante de pizza que é muitas vezes encontrada perto de universidades pela bagatela de COP 3.000 a COP 4.500 cada fatia.

Se você for num restaurante modesto, um prato à la carte deve custar entre COP 20.000 e COP 35.000, o que também não é caro. Mas em regiões mais moderninhas e turísticas, este valor pode ser bem salgado.

Os valores médios por dia vai depender muito do tipo de mochileiro que você é, mas dá para comer muito mais do que miojo e atum por cerca de COP 40.000 por dia.

Transporte

O transporte público na Colômbia é bem econômico, mas não espere mil maravilhas. A não ser em Medellín, que conta com um sistema de metrô. O esquema é aprender a se virar com os ônibus urbanos. Valores médios são de COP 2.000.

O táxi é bem barato e você vai se surpreender com a quantidade destes amarelinhos por toda a Colômbia. São bem econômicos, mas dependendo da cidade, principalmente na costa, não existe taxímetro, então é bom praticar a negociação em espanhol. Saiba que eles sempre vão cobrar mais de turistas, então regatear é preciso.

O transporte de ônibus entre cidades é bastante econômico. Uma passagem de Bogotá para Santa Marta, por exemplo, são 18 horas de viagem por cerca de COP 80.000 em um ônibus bastante confortável. O que dificulta são as montanhas e curvas por todo o país, mas se você não tiver problema com enjoo, pode contar com o transporte rodoviário numa boa.

Existe uma companhia aérea low cost, a Viva Colombia, que normalmente tem ótimas promoções, inclusive para San Andrés. Comprando com antecedência de pelo menos um mês, você consegue encontrar trechos por menos de COP 100.000. Fique atento às especificações de bagagens. Bagagem de mão é grátis até certo tamanho e peso e se você precisar despachar, vai ter que pagar COP 25.000 por mala de até 20 quilos.

Extras

Cabo San Juan, no Parque Tayrona. Foto: Reprodução. https://www.shutterstock.com/video/clip-18795842-stock-footage-sunrise-on-a-paradisiac-beach-cabo-san-juan-tayrona-national-park-colombia.html?src=rel/5921339:3

 

Passeios em lugares turísticos podem ser um pouco salgados, mas ainda assim bastante praticáveis. Subir no Peñol de Guatapé vai custar COP 15.000. Entrar no Parque Tayrona, COP 44.500. Um dia de mergulho com equipamento incluído vai sair por cerca de COP 200.000 nas redondezas de Santa Marta.

Para passeios é recomendável entrar em contato diretamente com a agência que o oferece, pois fechar com o hostel significa que você pagará a comissão deles. E lembre-se: sempre negocie. Alguns preços são tabelados, mas a maioria é bastante negociável.

Sair para tomar uma cervejinha, dependendo da região, é bem em conta. Barzinhos  em áreas turísticas são claramente mais caros, mas há opções para mochileiros apertados de grana, basta procurar bem.

Previsão de gastos

Se você conseguir manter a média de hospedagem em COP 30.000, não passar dos COP 40.000 de comida, COP 15.000 em transporte público e COP 10.000 de extras por dia, um mochilão de 10 dias na Colômbia vai sair em média COP 950.000, ou seja, cerca de R$ 1.000.

Nestes valores não incluímos transporte aéreo, rodoviário, passeios, nem rolês ostentação, mas dá pra perceber que viajar pela Colômbia não é caro e com um pouquinho de planejamento pode ser o seu próximo destino.

Valores pesquisados em março/2017.

 

Marina Ferrarezze

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