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Caribe colombiano: Santa Marta e suas belezas naturais

Os brasileiros que viajam para o caribe colombiano normalmente tem um roteiro definido: Cartagena e San Andrés. Neste artigo vamos mostrar porque Santa Marta e seus arredores devem ser incluídos no roteiro dos brasileiros que querem conhecer o que a Colômbia tem de melhor.

Quando falamos em belezas naturais em Santa Marta, queremos dizer toda a natureza ao redor desta cidade grande, que normalmente é o QG dos mochileiros que vão explorar os seus arredores. A maioria dos hostels em Santa Marta possui um depósito para as bagagens mais pesadas, assim você pode levar apenas o essencial para explorar as redondezas.

Santa Marta

Santa Marta. Foto: Brennan Ehrhardt

Santa Marta em si é um destino turístico famoso entre os colombianos, já que é mais barato que Cartagena. A cidade pode ser um pouco caótica, com buzinas de ônibus, táxis, mototáxis e, se você for mulher, assediadores em geral. Mas há belezas nessa cidade grande.

A área da Marina é muito agradável, com restaurantes e barzinhos descolados. Algumas quadras sentido centro você encontra o Parque de los Novios, uma praça super bonita, com construções coloniais e duas ruas de pedestre com restaurantes, barzinhos, baladas e bastante agitação noturna.

A praia de Rodadero é cheia de segunda a segunda, independente da época do ano, típica praia dos colombianos em férias. Uma opção mais tranquila é a praia de Taganga, que um dia já foi realmente tranquila, mas atualmente concentra diversos hostels e até baladas concorridas. Este é um dos lugares mais baratos para se fazer mergulho em Santa Marta, vale a pena dar uma pesquisada.

Minca

O pequeno vilarejo de Minca está a cerca de uma hora de Santa Marta. O transporte público não existe, mas há uma cooperativa de transportes com carros que saem da área do Mercado em Santa Marta e leva passageiros para o centrinho de Minca.

Chegando lá, dependendo do hostel e destino, você vai precisar tomar um mototáxi ou prepare-se para uma bela caminhada montanha acima.

O hostel mais longe do centro é o Casa Elemento, um lugar no topo da montanha, com uma vista excepcional. De moto o transporte sai bastante salgado, por isso o mais indicado é encarar a caminhada de quase duas horas.

Há outras ótimas opções de hospedagem mais perto e tão belas quanto, basta procurar um pouquinho e você vai encontrar hostels baratos e aconchegantes bem no meio da natureza.

As atividades locais se baseiam em caminhar pela mata, conhecer fazendas de café, visitar as cachoeiras e comer bem e saudável. Vale a pena ficar pelo menos duas noites em Minca se desligar da cidade grande e recarregar as energias.

Parque Tayrona

Esta é uma reserva natural na área onde viveram os índios Tayrona. O parque é enorme e se você não se importar em viver num esquema roots, pode separar pelo menos duas noites por lá.

Para chegar, basta pegar um ônibus em Santa Marta, que também sai da região do Mercado. Em cerca de uma hora, o ônibus vai te deixar na entrada principal do parque, chamada El Zaino.

A partir dali, você paga a entrada do parque, algo em torno de R$ 55, independente de quantos dias você passar no parque, e pode pegar uma van para onde a caminhada de verdade começa.

Neste estágio você vai agradecer por ter deixado sua mochila pesada em Santa Marta, pois a caminhada é longa. Ela pode ser feita por um caminho de madeira ou pelas pedras, com um visual estimulante das praias virgens do parque.

Há algumas opções de hospedagem no parque e todas elas envolvem uma rede ou uma barraca de camping. Em Arrecifes, uma das primeiras praias que contam com hospedagem, estão as acomodações mais baratas. O Camping do Jacobo, por exemplo, oferece uma rede e um banheiro sem portas e ao ar livre por mais ou menos R$ 10. Mas há outras opções.

Cabo San Juan é o point mais badalado, por isso é bom chegar cedo para conseguir redes por cerca de R$ 30. Ali tem um redário em cima de uma pedra, concorridíssimo, pela vista e pelo vento que espanta todos os mosquitos.

Leve água e alguma comida, pois não há opção de cozinha no parque, apenas restaurantes e uma padaria. Os preços não são tão absurdos quanto se pode imaginar, mas é bom se prevenir.

Ciudad Perdida

Local sagrado dos Tayrona. Foto: reprodução.

Este é um passeio para os amantes de trekking e aventureiros em geral. Perto do Parque Tayrona tem a entrada para a Ciudad Perdida, um longo caminho até o local sagrado da antiga tribo Tayrona.

São pelo menos 3 noites dormindo no meio da selva, 4 dias caminhando serra acima e vivendo alguns perrengues. Chuvas torrenciais são comuns neste caminho, que normalmente é feito através das empresas credenciadas com guias locais, normalmente os próprios índios descendentes dos Tayrona.

O valor é bastante salgado, beirando os R$ 1.000, mas inclui transporte, hospedagem, comida e água durante todo o trajeto. Uma dica é contratar o passeio diretamente com as empresas Wiwa, Guías y Baquianos ou Expotour, e não pelo hostel, que recebe uma comissão por venda. Pesquise bem e você poderá ganhar algum desconto para fazer este incrível passeio conhecido como Machu Picchu caribenho.

Palomino

A cerca de uma hora do Parque Tayrona e duas de Santa Marta, está a pequena e pacata vila de Palomino. Ainda pouco procurada pelos turistas, Palomino é o lugar ideal para ir descansar depois das caminhadas pelo Tayrona ou pela Ciudad Perdida.

Para chegar, basta pegar o mesmo ônibus que vai para o Tayrona e continuar até o ponto final, que é na rodovia mesmo. Dali, você vai precisar descer até mais próximo da praia, cerca de 15 minutos caminhando. Ou se render aos mototaxistas que inevitavelmente vão te abordar até mesmo antes de você descer do ônibus.

Há boas opções de hospedagem, quarto compartilhado por mais ou menos R$ 35 ou redes por cerca de R$ 20. A comida também é barata, com muitas opções que as famílias locais oferecem. Há também alguns restaurantes mais elaborados, mas não tão mais caros.

Marina Ferrarezze