Como fazer um mochilão pela Europa e não passar pela Itália? Assim que fechei minha primeira viagem fiz questão de incluir alguns dias em Roma. E já que estava por lá, por que também não dar uma passadinha em Florença? Mas e Veneza? No final o que seriam 5 dias em Roma viraram 15 dias dedicados a conhecer as mais famosas cidades do norte da Itália.
Tanto na primeira vez que estive no país, em 2010, quanto na segunda, em 2017, pude comprovar que uma passagem de avião por lá pode ser mais barato do que de trem. Apesar da Trenitalia, a principal companhia de trem do país, não deixar a desejar no quesito qualidade, o preço para longas distancias pode ser um pouco acima do orçamento para um mochilão de baixo custo.
As companhias aéreas lowcost, como Ryanair e Vueling, tem voos que conectam as principais cidades e as capitais europeias por preços bem acessíveis. Em 2010 comprei minha passagem da Eslováquia para Milão por apenas 10 euros e, este ano por 20 euros, da Sicília (uma ilha no sul da Itália) até Roma.
Milão
Milão fica bem ao norte da Itália e, por ser destino final do voo mais barato que encontrei, decidi inclui-la no roteiro. Não esperava muitos pontos turísticos, apenas uma cidade grande e comercial, foi meu grande engano. Em minha opinião, é em Milão que fica a igreja mais bonita do mundo: A Duomo di Milano, que dizem ter sido projetada por Leonardo da Vinci. Da catedral é possível caminhar até outros pontos de interesse como a Galleria Vittorio Emanuelle II e o Palácio Real.
Veneza
De Milão segui para Veneza em uma viagem de aproximadamente 3 horas de trem. Hospedagem na região dos canais é muito cara e por isso optei por ficar em Veneza-Mestre, que não fica exatamente no centro mas na parte continental da cidade. Como não haviam muitas opções passei a noite no Camping Rialto, que possui alguns dormitórios/chalés para quem não veio preparado para o acampamento e preços equivalentes a hostel. Eles também disponibilizam um ônibus que leva e trás os hospedes diariamente ao centro de Veneza.
Florença
Após passar o dia em Veneza segui para Florença. Lá fiquei por 4 dias, o que acredito ter sido suficiente. Além das atrações mais conhecidas: Igreja Santa Maria del Fiore, Batisterio, Ponte Velha, Praça Michelangelo, estatua de David, etc. Vale muito a pena pegar um ônibus até a cidade de Fiesole, a apenas 10 km, para visitar as ruínas de um teatro romano datado do séc. I a.C., lá também se tem uma vista panorâmica belíssima da cidade de Florença.
Pisa
Foi uma surpresa descobrir que eu estava a apenas 1 hora de Pisa e inclui uma noite na cidade de última hora. A visita rendeu várias fotos de turista segurando a torre de Pisa e um concerto de Jazz a beira do rio Arno.
Roma
A última parada do meu mochilão foi em Roma, a cidade é um museu a céu aberto e tem tantos resquícios históricos que o governo nunca consegue concluir suas obras de metrô, já que as escavações precisam ser constantemente interrompidas devido a uma nova descoberta.
Roma é uma cidade grande e, por consequência, caótica. É preciso se planejar um pouco para otimizar o percurso. O Coliseu, Fórum Romano, Palatino e o Monumento a Vittorio Emanuelle ficam muito próximos. Com uma caminhada passando pela Piazza Veneza e pela Fontana de Trevi se chega na Piazza Espanha, Piazza del Popolo e na Villa Medici. Um pouco mais próximo ao Rio Tibre está o Pantheon e a Piazza Navona. Cruzando para a outra margem se pode visitar o Castelo Sant’Angelo e finalmente o Vaticano.
Há inúmeras opções para se fazer um passeio guiado gratuito (você só paga se quiser e o quanto puder), uma boa dica é buscar na internet e escolher o Free Walking Tour que mais se adapta a seu horário e pontos de interesse. Dessa forma é possível aproveitar Roma pela sua beleza, mas também conhecer detalhes de sua rica história.