Planeta Cativante

Compositor de Destinos…

Durante o planejamento da viagem, lemos muitos blogs de outros mochileiros para definir o roteiro, mesmo percebendo que a escolha da maioria era entrar na Bolívia por Santa Cruz de La Sierra e de lá fazer Sucre, Potosi e o Salar de Uyuni, optamos pelo caminho inverso, porque queríamos passar o réveillon em Copacabana. Entramos por Santa Cruz e pegamos um voo direto para La paz, deixando o Salar para o final da viagem.

Não tínhamos um roteiro pronto, apenas uma lista de lugares que queríamos conhecer e vinte três dias entre o voo que nos deixou em La Paz e a passagem de volta, saindo de Campo Grande. Escolhemos o verão para viajar, apenas porque nossas férias acontecem nesta época do ano. Lemos sobre esta estação ser chuvosa e fria no Altiplano Andino, por isso levamos sacos de dormir e casacos.

Acontece que se tivéssemos planejado minuciosamente cada passo, tenho certeza que não teria sido tão perfeito. Decidi escrever este texto, para afirmar que o planejamento é importante, mas não será ele que definirá sua Trip. Vou repetir: não será o seu planejamento que definirá a sua Trip. Arrisco dizer até, que o planejamento é essencial quando ainda estamos projetando a viagem perfeita, escolhendo o destino, economizando o dinheiro necessário e acompanhando o preço das passagens aéreas, pois ele nos mantém motivados, sonhando acordados. Só que vai perdendo sua importância quando estamos na estrada, é a vital diferença entre a teoria e a prática.

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Para todos os meus amigos que acompanharam a viagem e pedem dicas, digo apenas que vale muito a pena, foi um mochilão transformador e muito rico culturalmente. Comento os destinos que conhecemos, mas não acho que posso passar nosso roteiro como uma receita de bolo. Sabe por quê? Porque quando você está na estrada o ideal é estar livre para mudar os planos.

Não é necessário reservar o hostel, nem os passeios com antecedência, pelo menos não se o destino escolhido for América do Sul. Você sempre irá encontrar outros mochileiros no caminho, é indispensável fazer amigos no trajeto porque, por exemplo, fechar um quarto com pessoas conhecidas é sempre melhor. Ter com quem trocar dicas sobre lugares para comer e ouvir outas experiências, ter com quem dividir o táxi ou uma pizza. Sem falar que fazer passeios com um grupo é muito mais divertido, ainda mais se nesse grupo estiver pessoas de diferentes nacionalidades.

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A liberdade de fazer escolhas, conforme a estrada te apresenta as possibilidades, é o que deixa tudo muito mais interessante. Entende o que eu quero dizer? São os lugares que você quer conhecer que devem ser respeitados, não uma programação.

Uma boa razão para não seguir um cronograma é a impossibilidade de planejar o tempo. Por exemplo, se estiver chovendo não faça um trilha ou algum esporte radical só porque estava nos seus planos, faça um programa cultural ou compre uma garrafa de Pisco. Aproveite da melhor forma cada momento, se gostar muito de uma cidade ou realmente estiver precisando descansar fique mais uma noite. Não se lamente se as coisas não saírem exatamente como você imaginou, aproveite para se surpreender com as curvas da estradas.Acredite sempre que você está no lugar certo e na hora certa, viva um dia de cada vez. Não pense que isso é papo de bicho grilo. Acho que foi essa postura que fez toda a diferença.

Tivemos muita sorte, queríamos que chovesse no Chacaltaya para ver neve e aconteceu, queríamos que tivesse sol na Isla del Sol para ver o pôr-do-sol e aconteceu. E em Machu picchu, apesar da previsão de chuva… O dia estava lindo!

Chacaltaya com neve
Chacaltaya com neve

Mas a cereja do bolo, foi ver chover no deserto do Atacama e ver o Salar de Uyuni com o reflexo das nuvens… Já que nem uma agência de viagem pode te garantir que é isso que você irá encontrar. Nem mesmo um planejamento estratégico ou dicas de mochileiros experientes.

Nuvens de chuva no deserto
Nuvens de chuva no deserto

 

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Precisa chover e acumular uma fina camada de água sobre o Salar…

Tenha apenas uma fé cega e se entregue, pense que se o pensamento positivo não ajudar, também não irá atrapalhar.

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Gaby Lopes

Sou poeta, escritora, revisora de texto, professora de português e devoradora de livros. comecei a escrever para olhar para dentro e me conhecer... Agora quero conhecer o mundo, contar histórias e viajar...

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